Falar de cineclube é algo que, definitivamente, eu curto. Não sou freqüentadora assídua de nenhum, mas a idéia de democratização do acesso ao audiovisual soa muito bem aos meus ouvidos.
Quem não gosta de ir ao cinema no final de semana, não é? Mas o que nem todos sabem é que apenas 8% do território nacional possui salas de cinema. E, como bem sabemos, aonde há salas, o preço não é dos mais agradáveis: nas capitais brasileiras o ingresso para uma sessão de filme chega a custar R$25,00.
Dessa forma vejo o cineclube como uma grande, senão a melhor das alternativas criadas até hoje, para resolver parte desse problema. São centenas espalhados por todo o país e, além de preços mais acessíveis, os cineclubes apresentam filmes fora do circuito comercial, prestigiam o cinema nacional e quase sempre promovem debates e reflexões sobre o tema. Ou seja, não é apenas a exibição por si só.
Os cineclubes surgiram, assim, em resposta a necessidades que o cinema comercial não atendia, assumiram diferentes práticas conforme o desenvolvimento das sociedades em que se instalaram, o que se deu dentro de uma forma de organização institucional única.
Dentro de suas características, devem-se destacar três como sendo as principais: o cineclube não tem fins lucrativos, tem uma estrutura democrática (sendo, os responsáveis pela sua orientação, necessariamente eleitos) e tem um compromisso cultural ou ético. Não existe, exatamente, uma fôrma para quem quer participar ou montar um cineclube. A regra é ser democrático, tanto na escolha do filme, quanto na participação – que geralmente é gratuita. Quando é cobrada uma taxa, ela é simbólica, apenas para cobrir os custos.
Se por um lado é bom para quem assiste, os cineclubes proporcionam uma oportunidade de divulgação também para quem produz os filmes.
A união dos cineclubes aos pontos de cultura e centros culturais proporcionou uma visibilidade e um alcance ainda maior para o movimento. Além de facilitar o acesso a quem assiste, muito deles ainda proporcionam a oportunidade de produzir material próprio.
Há muitos programas de incentivo à essa prática, o que diminui ainda mais os custos, tornando cada vez mais fácil espalhar essa idéia por ai.
Se interessou? Entre em www.cineclubes.org.br, clique em programação dos cineclubes brasileiros, e descubra de qual deles você gosta mais, chame os amigos e bom filme! Vale lembrar que ainda há muitos cineclubes não-listados nesse portal. Se encontrar algum interessante, comente aqui.
OI PRISCILA,
ResponderExcluirnão sendo em shopping, as igrejas evangélicas compraram todos eles.
Mas não é só os evangélicos não.
Na Praça sãens Pena , na Tijuca tinham uns 10 cinemas, inclusive o metro tijuca.
Acabaram-se todos.
Aliás, PRISCILA, um amigo meu fez em Conservatória - não sei se conhece esta cidade pertinho aqui do Rio- uma réplica absolutamente identica ao cinema Metro-Tijuca que ele chamou de "Centrimetro" .(rs).
É uma das atrações turísticas de Conservatória e ele conseguiu os equipamentos originais do antigo cinema.
Ficou perfeito e deveria ser mais divulgado.
O nome dele é Ivo Raposo e em geral está lá.
Mas, PATRÍCIA, não queria alongar-me mais (a final nao estou na academia -rs-) e queria convidá-la para conhecer meu blog de humor: HUMOR EM TEXTO.
O meu objetivo, é simplesmenbte, com as crônicas que escrevo, ajudar a manter aquilo que nacionalmente,ficou conhecido como "alma carioca".
Um abração!
Oi Paulo.
ResponderExcluirBom, nesse caso eu não estava falando dos antigos cinemas de rua que sim, infelizmente são raros, e fazem MUITA falta (sou tijucana de corpo e alma, sei bem como faz falta). Mas sim de iniciativas de pequeno porte, normalmente realizadas em centros culturais, pontos de cultura etc. Cineclubes são iniciativas democráticas e a idéia tem que se espalhar por ai.
Parabéns pelo seu blog! E continue acompanhando ;)