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4 de jun. de 2010

Pré-estreia de “Não existe mulher difícil”

Nesta sexta-feira (4), às 21 horas, acontece a pré-estreia da peça “Não existe mulher difícil”, no Teatro Abel, em Niterói. Existe ou não mulher difícil? Quais são as estratégias para conquistar este ser tão complexo? Estas e outras questões são colocadas de forma bem-humorada no espetáculo, que fica em cartaz até 13 de junho.

Inspirada no livro homônimo de André Aguiar Marques, a peça traz o ator Marcelo Serrado pela primeira vez em um monólogo. O espetáculo tem texto adaptado por Lúcio Mauro Filho e direção de Otávio Muller. Em cena, Serrado dá vida ao seu personagem, um pianista que acabou de ser traído e fica tão arrasado que não consegue fazer o show e começa a contar a história de seus amores.

O ator Marcelo Serrado conta que o livro foi só o ponto de partida. “Tem muita coisa nossa na peça e, por isso, o público vai se identificar. O espetáculo não é machista. É um manual para homens e mulheres, com um personagem sendo um cara muito legal”, explica Marcelo.

A peça vem para o Rio de Janeiro em agosto, aguardem!

Fiquem ligados na nossa promoção do twitter para a pré-estreia, hoje. Sigam @cantocult e participem.

Fonte: http://www.osaogoncalo.com.br

27 de mai. de 2010

Moda e Arte. Hein?

Em tempos de Fashion Rio começando, eu pergunto a vocês, caros leitores: já pararam para pensar que moda e artes visuais têm relações? Que moda pode ser considerada, muitas vezes, manifestação artística? Pois é.

Assim como o design e a arquitetura, a moda sofre certos preconceitos para ser entendida como tal. Hoje eu não vou me alongar muito sobre essa explicação, senão esse post vai virar continuação da minha monografia (se você tem interesse em saber mais, clique aqui).

Mas creio que vale explicar um pouquinho sobre moda conceitual. Sabe aquele desfile que você vê e pensa: QUEM usa isso? É disso que vou falar agora.

Existem muitas criações de moda que não foram feitas, necessariamente, para serem incorporadas no nosso dia-a-dia. É o que chamamos de moda conceitual: aquela que aparece nos desfiles com materiais exóticos, apresentadas através do espetáculo cênico do desfile, e muitas vezes quase impossíveis de serem usadas.

O surgimento desses tipos de peças faz com que os jovens estilistas comecem a investir numa moda-espetáculo, transformando os desfiles em grandes e surpreendentes performances. Criadores como Jean- Charles de Castelbajac, Thierry Mugler, Kenzo, Jean-Paul Gaultier, Claude Montana, entre outros, são encorajados a realizarem pesquisas cada vez mais arrojadas. Começa, assim, a produção de vestimentas-cênicas, impossíveis de portar. A moda conceitual nada mais é do que a arte contemporânea no mundo da moda.

Aparece nas coleções em que o conceito antecede o valor de uso e aparência. É também visivelmente ligada ao uso de novas plásticas, materiais, à tecnologia e às performances. Ela forma uma nova linguagem utilizada pelos estilistas para expressar criatividade, comunicar idéias, provocar questionamentos e convidar o espectador a refletir e sentir-se instigado, mesmo que nem sempre seja compreendido, e muitas vezes esta é a intenção.

Jum Nakao - A Costura do Invisível. Roupas feitas de papel para o SPFW 2004.

A moda tem, também, outros tipos de relações com a arte, principalmente pelo fato de muitos estilistas e trabalhos serem baseados em artistas plásticos ou em movimentos artísticos. É o caso da nova coleção de verão da Afghan, que trará o surrealismo à tona em suas peças.


Imagem do site http://www.modices.com.br

Então, da próxima vez que você vir algo de muito estranho em desfiles e exposições, não se assuste, é arte ;)